quinta-feira, 12 de junho de 2014

Agni Brenner da Wild & Wessel de Berlim, uma odisseia





Na busca de um queimador completo Agni 20´´´tive que adquirir quatro para ter um nas condições originais.
A gama destes queimadores, extremamente eficientes na emissão de luz e qualidade de fabrico, dividia-se nos seguintes tamanhos: 14; 16 e 20. São queimadores raros, mas ainda mais raros se estiverem completos, e sabe-se que eram fabricados pela grande manufactura alemã Wild & Wessel de Berlim. Não se sabe a data da patente nem quando se deixaram de fabricar, mas em 1911 ainda surgem nos catálogos alemães. O seu aperfeiçoamento parece, ou não, ter vindo de outro queimador, o Kronos. Este tipo de queimadores alcançam uma qualidade fenomenal de chama e boa incidência de luz. A mesma manufactura foi a primeira a patentear a gama de queimadores Kosmos, em 1865, assim como a gama Vulkan, em 1881.
A indicação das polegadas vem no espalhador e no tubo central, onde é colocada a torcida. A marca e o nome da gama vem no regulador.




Regulador devidamente marcado pelas iniciais da firma e nome do queimador.




O tamanho indicado no topo do espalhador, assim como o nome da gama.




Novamente o tamanho igualmente indicado no tubo central, junto à torcida e espalhador.




O primeiro queimador Agni que adquiri, conjuntamente com outros dois numa feira de rua, estava bastante incompleto, mas o seu design e potência seduziu-me logo. Na busca de queimadores surgiu um saco cheio deles, com mais dois queimadores da mesma gama. Um deles tinha a grelha partida no topo da entrada de ar para a chama e sem espalhador, mas o segundo tinha um espalhador sem o chapeuzinho, o qual permite a chama ser moldada. O quarto queimador surgiu, como se disse, num candeeiro opaline, com o espalhador intacto mas a grelha exterior danificada e incompleta.




Os queimadores Agni que foram sendo adquiridos, o primeiro (à esquerda) até ao mais recente (à direita).




O passo seguinte foi desmontar as peças dos queimadores.




De seguida trocar as peças em bom estado, conjugando-as até obter um queimador nas condições originais, quatro perspectivas.




Os carretos que prendem a torcida e que por sua vez regulam a intensidade da chama. A torcida nestes candeeiros deve ter 9.5cm de largura, como a original, mas no mercado internacional só há com 9cm no máximo, o que não inviabiliza o seu uso.




Os carretos devem estar em condições e limpos, para um maior eficiência.



Estes passos de gigante levaram meses para serem alcançados, mas há ainda um outro desafio muito pior, o da chaminé correcta, por isso aguarde a próxima publicação.

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